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Posters Caseiros . Entrevista a Edgar Ascensão
O que te levou a ganhar este gosto pelos posters de cinema?
Desde cedo que a moda dos posters alternativos vinham a despertar a minha curiosidade e sentia que devia partilhar as minhas ideias. Como o outro meu hobbie, a pintura, já andava moribundo há algum tempo, troquei os pincéis pelo rato e teclado. Assim sendo, a minha cinefilia fica mais presente na arte que crio. E não só é óptimo ter as minhas criações penduradas na minha parede, como é ainda mais gratificante saber que outras pessoas o fazem também.
Há quanto tempo te dedicas a este hobbie?
Para além do “Posters Alternativos”, estás também presente noutras publicações?
Até onde gostavas de levar este projecto?
Se pudesses escolher o poster de apenas um filme, qual gostarias que tivesse sido criado por ti?
Quanto tempo demora o processo criativo de um poster?
Já tiveste algum convite para criar um poster para um novo filme?
Tens alguns artistas favoritos?
Também te dedicas a criar edições mais que especiais de filmes que aprecias. Pensas também que poderão passar por uma exposição?
Queres deixar algumas palavras para os leitores da Take?
Desde cedo que a moda dos posters alternativos vinham a despertar a minha curiosidade e sentia que devia partilhar as minhas ideias. Como o outro meu hobbie, a pintura, já andava moribundo há algum tempo, troquei os pincéis pelo rato e teclado. Assim sendo, a minha cinefilia fica mais presente na arte que crio. E não só é óptimo ter as minhas criações penduradas na minha parede, como é ainda mais gratificante saber que outras pessoas o fazem também.
Há quanto tempo te dedicas a este hobbie?
Já lá vão 5 anos quando comecei, naquele tempo fiz uns “mash-up’s” de placas rodoviárias com filmes e deram que falar num famoso site do outro lado do Atlântico (joblo.com). Isso deu-me alento para criar mais cartazes, muitos deles de filmes favoritos e com alguma idade em cima… Quando a princípio todo e qualquer marmanjo fazia um Minimal Movie Poster, eu não queria ficar de fora. Mas a paixão pelo cinema e pelas artes gráficas mantiveram-me a bordo. Da vaga original, desapareceram quase todos. Por estes dias, tento equilibrar o ritmo de trabalho com clássicos que todos conhecem e filmes recentes a estrear nas salas. As estreias são as que mais visibilidades têm além-fronteiras, por razões óbvias. A efemeridade é ponto assente neste tipo de coisas.
Para além do “Posters Alternativos”, estás também presente noutras publicações?
Foi produzido com sucesso por crowdfunding A/Zeta. Guía al mundo del cine, um livro de cinema que reúne mais de 1200 filmes, ilustrados com cerca de 200 posters de 135 artistas de todo o mundo. Nesta compilação argentina estão incluídas duas obras minhas: Twelve Monkeys e One Flew Over the Cuckoo’s Nest.
Até onde gostavas de levar este projecto?
O céu é o limite. Quem diz céu, diz capa oficial de uma edição DVD ou mesmo para estreias cinematográficas. Mas enquanto o sonho vai durando, mantenho-me feliz fazendo as habituais ilustrações para proveito pessoal.
Se pudesses escolher o poster de apenas um filme, qual gostarias que tivesse sido criado por ti?
Uma escolha tão difícil como ambígua… Escolher um filme preferido, apesar do seu poster não ser marcante? Ou uma obra-prima das artes gráficas que poucos conhecem? Não renunciando às artes tradicionais, terei de colocar de lado composições fotográficas. E num ápice, tenho de ir para o poster mais reconhecido e marcante para qualquer amante da Sétima Arte: Star Wars. O original. Aquele que tanta gente colou na parede da sua casa.
Quanto tempo demora o processo criativo de um poster?
A criatividade não chama por ninguém. Aparece e pronto. Em muitos casos, uma ideia impecável para um filme surge-me como um relâmpago e aí, o caminho fica livre para meter mãos à obra. Outras vezes, o processo é de tal modo puxado a ferros que o conceito se perde a meio caminho. Estas últimos casos acontecem-me com “pedidos externos”, alguns fãs de certos filmes que me pedem para fazer um poster para filme X ou Y. E eles esperam. Infinitamente.
Agora a criação a nível técnico, depende de outros factores. Já cheguei a completar alguns posters numa só noite. Difere na complexidade da ideia, do número de elementos a trabalhar e da criatividade injectada nesse momento. Agora, um ou outro cartaz já me tomou demasiado tempo, quando ao fim de três meses olho para eles e ainda não os sinto finalizados. Um punhado deles jazem mortos nas pastas do computador. Quem sabe um dia…
Agora a criação a nível técnico, depende de outros factores. Já cheguei a completar alguns posters numa só noite. Difere na complexidade da ideia, do número de elementos a trabalhar e da criatividade injectada nesse momento. Agora, um ou outro cartaz já me tomou demasiado tempo, quando ao fim de três meses olho para eles e ainda não os sinto finalizados. Um punhado deles jazem mortos nas pastas do computador. Quem sabe um dia…
Já tiveste algum convite para criar um poster para um novo filme?
Já houve contactos para criações sem compromisso de um filme em pré-produção. Era eu e mais uma dezena deles, fiquei eu a saber mais tarde. Não deu em nada. Houve outras propostas, como para uma curta-metragem (ficou em águas de bacalhau) e para uma capa de álbum de uma banda russa. Esta última ainda está em cima da mesa. E em Portugal? Quem sabe o que o futuro me reserva…
Tens alguns artistas favoritos?
Nos Mestres, ambos intocáveis, tenho de realçar os óbvios: Drew Struzan e John Alvin. E é uma pena que actualmente sejam descartáveis nas mãos de Hollywood.
Nos designers que por estes dias vão dando o ar da sua graça, devo mencionar dois artistas que baseiam a sua criatividade no acto de “double-sense” e na ideia escondida (como eu também gosto de praticar nos meus posters). São eles Olly Moss e Daniel Norris. Vale a pena descobrir o que eles têm para dar ao mundo cinematográfico.
Nos designers que por estes dias vão dando o ar da sua graça, devo mencionar dois artistas que baseiam a sua criatividade no acto de “double-sense” e na ideia escondida (como eu também gosto de praticar nos meus posters). São eles Olly Moss e Daniel Norris. Vale a pena descobrir o que eles têm para dar ao mundo cinematográfico.
Também te dedicas a criar edições mais que especiais de filmes que aprecias. Pensas também que poderão passar por uma exposição?
Negativo.
Para meu bel-prazer, estas pequenas “caixinhas da inveja” são coisa demasiado singular para deixar às mãos de uns visitantes despreocupados e com ar de obreiros. E para um picuinhas como eu, seria “ou vidro à prova de balas, ou nada”. Mas como a piada das Exclusive DVD Box é o “abrir-tocar-ver”, tal não se concretizava… Vou dando alegria aos meus fãs com uma visita pessoal, ou duas, caso o interesse seja maior.
Para meu bel-prazer, estas pequenas “caixinhas da inveja” são coisa demasiado singular para deixar às mãos de uns visitantes despreocupados e com ar de obreiros. E para um picuinhas como eu, seria “ou vidro à prova de balas, ou nada”. Mas como a piada das Exclusive DVD Box é o “abrir-tocar-ver”, tal não se concretizava… Vou dando alegria aos meus fãs com uma visita pessoal, ou duas, caso o interesse seja maior.
Queres deixar algumas palavras para os leitores da Take?
Não deixem de passar pela minha página do Facebook “Posters Caseiros” e fazerem Like, para não perderem pitada das próximas obras e revelações. Cinéfilo que é cinéfilo, gosta de posters. E já agora, que acabe por comprar alguns exemplares!
Exposição de ilustração digital “Posters Caseiros” decorre até 31 de Dezembro 2014 na Galeria da Fábrica Braço de Prata
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