Percebo que haja gente revezada com o filme. Aliás, o Christopher Nolan já provou por diversas vezes ser de extremos. Mas quanto a mim, Nolanite assumido, venho do cinema de sorriso nos lábios.
Apesar das inúmeras falhas que apontam ao filme (e não discordo em parte delas), não se pode supor que um filme tenha de ser perfeito. Aliás, quando alguém tenta atingir esse patamar de perfeição, fá-lo de modo frio e corta a empatia que o público possa ter com o filme. Falo é claro de Kubrick e o seu 2001... Este Interstellar tem de ter falhas para parecer humano, um pouco como o robô TARS (que tilintava pontos comuns com a emoção humana).
Um filme sem falhas deixa de ter piada, certo? Senão mando-os já ali rever a fantástica série Cosmos, para esquecer o puro entretenimento cinematográfico...
E depois, isto põe o Gravity a um canto. É mais rico no seu todo e as relações humanas conseguem aqui uma amplitude maior do que o Gravity, onde pela sua estrutura estava obviamente confinada e limitada ao seu vazio espacial.
Outro pormenor que me dei conta ao sair da sala, é que lembrando a ideia de que Steven Spielberg era o primeiro interessado em realizar o filme, acredito agora que ele o adiava indefinidamente por talvez ter um certo receio do seu conteúdo. Acredito que Spielberg não teria mãos para tal filme. E olhem que eu sou um enorme admirador do Steve, hem.
Mas pronto, já se sabe que vai ser um filme a levar pedrada de um lado e carinho do outro. Por isso, escolham a vossa trincheira.
Warning: Not my poster! |
1 comentário:
Concordo plenamente com tudo o que disseste. O Spielberg nao teria maos para isto, e 15 a zero ao Gravity.
Nem sao coisas comparaveis, para mim.
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