28/10/07

1755

"Filmes Portugueses JAMAIS realizados"

Aqui visada a ausência para valorizar projectos ambiciosos no cinema português. Uma análise de como poderia ser apoiado tanto pela visão espectacularmente exagerada do realizador, como na nossa realidade acaba por ser cepticamente avaliada como improduzível em géneros nunca explorados no nosso cinema. Apoiando-se bastante em géneros históricos, épicos e grandes orçamentos, filmes nunca feitos, nunca produzidos e até talvez mesmo delírios que nunca ninguém se atreveu levar avante... Transformando o nosso "cinema" numa espécie de blockbuster tuga, produto comercial e de entertenimento.



Storyline
O fatídico dia 1 de Novembro de 1755 arrasou por completo Lisboa e arredores. Desde o sismo, ao consequente maremoto e incêndios urbanos seguidos de pilhagens, a história de uma cidade a ferro e fogo. As personagens de enorme força e coragem que desempenharam um incrível nível de emoção sob os escombros de uma das maiores capitais europeias da época.

Orçamento
Ultrapassando os 50 milhões de euros, esta foi a produção mais cara de sempre em Portugal e das mais dispendiosas em toda a Europa. Metade foi directamente para os efeitos visuais. Co-produzida por 5 países e distribuído para o mundo inteiro.



Recepção do Público (Boxoffice)
Estreada a 30 de Outubro no fim de semana do aniversário do Terramoto, explodiu com os recordes nacionais, acabando por passar largamente o milhão de espectadores. Por toda a Europa a recepção foi razoável, mesmo com a língua e a cultura portuguesa no centro da acção.

Recepção da crítica
Os críticos aclamaram este épico como o grande marco na história cinematográfica do nosso país. As quase três horas de duração do filme não perdeu fôlego, tendo para isso contribuído a mestria na realização e a excelente química entre o par de actores.



Momento do filme
O vilão da história incrivelmente acaba por conseguir emergir por debaixo dos escombros. Preparando-se para fugir com o saque, encontra horrorizado na sua frente uma onda gigante na sua direcção, dizimando tudo por onde passa. Crianças, velhos, gado, relíquias, tudo é engolido pela força do maremoto.

7 comentários:

C. disse...

Ahah... que imaginação! ;)

O próximo será sobre os Descobrimentos, Aljubarrota, D. Sebastião, o cerco a Lisboa? Um país com tanta história... realmente, que desperdício!

Anónimo disse...

A ideia é extraordinária. Podias era ter desenvolvido mais, porque fiquei com a clara sensação que seria o titanic portuga. Não há vilão. Isto é o Armagedon português. No proximo faria um filme sobre a cabala francesa com D. Afonso VI!

brain-mixer disse...

Wasted blues, sim na verdade já me descobriste a careca em relação a dois deles! LOL :P
Mas vai haver muitos mais! Porque não vivemos apenas do passado...

Ricardo, o problema é que mesmo com o melhor argumento do mundo não acredito que se produzisse. O elevado custo de produção é exorbitantemente inatingível para o "nosso" cinema comercial. (A não ser que quem ganhar o euromilhões dispensasse TODO o seu dinheiro para o fazer, eheheh)

Não percam os próximos temas! Abraço ;)

Anónimo disse...

Está um artigo bastante bom! Venham os outros!

Só acho é que podias ter desenvolvido mais a parte de argumento... Três horas por causa de um terramoto...? Serão necessárias grandes aventuras e romances antes, no meio e depois não? :P

brain-mixer disse...

sim, é verdade.... São três horas. Mas o Titanic era um barco a afundar, o Pearl Harbor era um ataque militar e este não fugiria à regra. Obviamente que teria uma história de amor (qual o épico que não a tem??) e sim, esqueci-me de a referir. Mas tem "STORYLINE" aqui escrito e não "argumento". Algum produtor que quiser a história que venha falar comigo, ehehehhhh!!

David Martins disse...

Este é o filme que tenho na cabeça desde que li nos anos 90 o "Dia do Terremoto" da Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada. Em Portugal não há coragem para investir em algo desta envergadura...

brain-mixer disse...

Curioso, desde que eu li esse livro, que também eu fiquei fascinado pelo tema :D
Aquelas escritoras criaram um Sonho. Parabéns a ambas!