06/12/10

Anjos na tela...?

Quando digo “Gary Oldman” o que pensam logo? “Vilão”. Ou também “Alan Rickman”. Vilão, também. "Gary Busey", "bad guy", e aí por diante.
São actores com uma certa apetência para papéis de maus, daqueles que se entranham num actor de tal modo que associamo-los a estereótipos. È como ver Will Smith ou Harisson Ford como “heróis da fita”.
Ora há aqui alguns que estão a confundir-me o chip, três deles que olho para eles e sai-me um sorriso, apesar de nos últimos 15 anos fazerem quase sempre de sacanas e filhos da mãe, vulgos “vilões”.


Reuni estes três nomes graças ao primeiro trailer de Green lantern, com Peter Sarsgaard no papel do vilão. Vê-lo desfigurado deu-me um curto-circuito e fez-me rever a minha opinião sobre algumas ideias erradas.

Peter Sarsgaard fez há pouco tempo o Knight & Day. E teve a sua grande aparição ao mundo como o cabr*o do Boys don't cry. Mas eu memorizei-o com Garden State, aquela pequena pérola de Zac Braff. Ele faz de melhor amigo do principal e fascinava-me aquela interpretação estranha e peculiar. Esse modo de representar não o largou nunca e é até sua imagem de marca. Usou entretanto isso nos seus papéis vilanescos, mas a minha conotação de nice guy estava já feita.


Kevin Bacon é o segundo. Apesar de coleccionar papéis-tipo de antagonista em filmes como JFK, A Few Good Men, Sleepers, Wild Things, Hollow Man e brevemente como o vilão principal de X-Men: First Class, Bacon começou a carreira como o Bonzinho. Mas lá está, há um filme (guilty-pleasure!) que arranha esta filmografia: Tremors, ou Palpitações por aqui. Este filme acumula um crescendo de carreira que culmina no seu auge heróico, provavelmente seu ponto de viragem para o Lado Negro. Há outros que sobressaem positivamente: Footloose , ou She's Having a Baby marcaram-me também... Kevin Bacon é um tipo fixe!


Para terminar há um mais desconhecido do grande público. De nome pelo menos, já que o seu rosto é facilmente identificável: David Morse.
Esteve em Disturbia, 16 Blocks, The Negociator, Long Kiss Goodnight e The Rock. Todos eles de velhaco... E como é que eu o recordo? Como o afável pai de Jodie Foster em Contact. É essa a cara que me recordo, o sorriso de um pai que desaparece precocemente.



Por vezes sou mesmo surpreendido por algum twist ou revelação de que “é o traidor!”, apesar de ser o último a dar-me conta disso. Exemplo disso é o Flightplan, quando a minha mulher me diz que o Sarsgaard é o culpado apesar dela nunca ter visto o filme. E porque conclui assim, perguntei eu. “Porque ele faz sempre de mau!”. Ya, lógico… Eu deveria ter mudado o chip.
Poderão interpretar Hitler, Vader ou o Predador, mas eu sempre sorrirei ao vê-los na grande tela.

3 comentários:

Loot disse...

Não esquecer David Morse em Dancer in The Dark outro grande velhaco lol

Peter Gunn disse...

David Morse também foi o cientista maluco dos 12 Macacos do Mestre Gilliam ou estou enganado? ;)

Uma coisa não se pode negar, só um grande actor faz um grande vilão! Quantos casos temos de actores que quando fazem de maus são verdadeiras anedotas? :P

Um abraço

brain-mixer disse...

David Morse é grande! Pena ele só surgir como actor secundário.
Cumprimentos