Há umas semanas, foi noticiado que Joshua Bell, violinista famoso mundialmente e reconhecido pelos seus méritos artísticos, tocou incógnito numa estação de metro em Washigton e foi completamente ignorado. Nem o facto de ele ter nas mãos um Stradivarius de 1713 no valor de 3,5 milhões de dólares foi relevante, se o ponto de discussão era de que dias antes ele tinha dado um concerto onde os melhores lugares custavam até 100 euros, apesar de uma actuação "à borla" no Metro foi estranhamente desprezado.
"A provocatória iniciativa foi da responsabilidade do jornal Washington Post, que pretendeu lançar um debate sobre arte, beleza e contextos. (...) Mark Leitahuse, director da Galeria Nacional de Arte, não se surpreende: "A arte tem de estar em contexto". E dá um exemplo: "Se tirarmos uma pintura famosa de um museu e a colocarmos num restaurante, ninguém a notará". Para outros, como o escritor John Lane, a experiência indica a "perda da capacidade de se apreciar a beleza". O escritor disse ao "Washington Post" que isto não significa que "as pessoas não tenham a capacidade de compreender a beleza, mas sim que ela deixou de ser relevante", noticiou o JN.
Acontecerá o mesmo no audiovisual? Será que um blockbuster que é lançado mundialmente em milhares de multiplexes deveria ter maior importância ou valor artístico que um vídeo caseiro inserido no Youtube? É claro que os valores monetários não se comparam, mas a arte será explorada mais no sentido de oportunidades nas divulgações dessas mesmas obras (vulgo marketing) para que seja VISTA e APRECIADA. Uwe Bowle, treme de medo...!
6 comentários:
Esta iniciativa é curiossíssima. Isto é um pouco, numa outra faceta, como os grandes pintores: se hoje Picasso ou Van Gogh estivessem vivos, e desenhassem um mero triangulo num papel em branco, valeria milhões e seria considerado um visionário. Se fosse eu a apresentar o mesmo desenho numa galeria, seria gozado.
Um abraço Edgar.
É da maneira que se pergunta: o que será arte?
Mas o knoxville já disse tudo por isso fico-me por aqui 8)
Para não falar que se fosse eu a apresentar um qualquer de Lynch era maluco da cabeça, mas ao ser ele, já está tudo bem :P (Cheira-me que vou ser lynchado :D)
"Se fosse eu a apresentar o mesmo desenho numa galeria, seria gozado", ahhh Knoxville, tens razão, mas isso é para daqui a uns dias ;) Espera só um pouco...
(E se apresentasses uma ideia de Lynch, não eras maluco, eras plagiador :D LOL)
Zé, "arte é tudo aquilo que alguém denomina de arte..." ora, se fizeres uma treta qualquer e anunciares que por ti é arte, torna-se automaticamente nisso mesmo (Podem é não concordar contigo :P mas para ti É arte)
Abraço!
Totalmente Edgar.
É uma questão muito interessante de abordar... Já agora, deixo-vos aqui um vídeo muito curioso sobre o assunto:
http://www.youtube.com/watch?v=Pj4MVtoNWZc
Mas é uma terrível verdade, o comum dos mortais só reconhece algo como sendo arte, se alguém "importante" lhe disser ou se uma placa o tiver escrito...
Ou então, como acontece nesse vídeo, afirma que algo é verdadeiramente artístico só por estar no interior de um museu, etc...
No fundo tudo é arte, pois tudo depende do ponto de vista de cada um.
Rafa, vê só o novo post que falo agora ;)
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