17/11/07

POST-MORTEM

"Filmes Portugueses JAMAIS realizados"

Aqui visada a ausência para valorizar projectos ambiciosos no cinema português. Uma análise de como poderia ser apoiado tanto pela visão espectacularmente exagerada do realizador, como na nossa realidade acaba por ser cepticamente avaliada como improduzível em géneros nunca explorados no nosso cinema. Apoiando-se bastante em géneros históricos, épicos e grandes orçamentos, filmes nunca feitos, nunca produzidos e até talvez mesmo delírios que nunca ninguém se atreveu levar avante... Transformando o nosso "cinema" numa espécie de blockbuster tuga, produto comercial e de entertenimento.


Storyline
Um serial-killer aterroriza a Grande Lisboa, deixando um rasto de sangue entre as vítimas previamente escolhidas pelo psicopata. Cada uma das vítimas é sempre morta em público, quer seja à distância de um tiro, como de modo mais pessoal, na ponta da navalha. O elemento-chave para escolher as pobres almas é o ponto crucial para um twist final de arromba.


Orçamento
1 milhão de euros gastos graças ao digital HD, opção cada vez mais usada pelos cineastas portugueses. Utilização de cenários e locais reais e um reduzido número de actores e figuração manteve os valores abaixo dos limites impostos pelos produtores.


Recepção do Público (Boxoffice)
80 mil espectadores.
O azar (ou má estratégia?) de estrear na mesma semana que o novo filme de Spielberg fez com que a adesão do público fosse muito menor ao esperado. Mesmo assim, o filme aguentou-se bastante bem para um filme designado para maiores de 18 anos.

Recepção da crítica
Os mais conservadores condenaram a sua extrema violência e pura dose de gore, coisa até agora nunca vista em cinema luso. Mesmo assim, a crítica especializada estrangeira deu-lhe nota positiva em thrillers de alta tensão. Foi o vencedor do Grande Prémio Fantasporto desse ano.



Momento-chave do filme
Numa rua movimentadíssima da capital, o assassino escolhe a sua vítima. Prosta-se perante ela e olhando-a olhos nos olhos, desfere-lhe o golpe a sangue frio ao mesmo tempo que a abraça. O acto é praticamente absorvido pela actuação de artistas de rua, enquanto o indivíduo vai desfalecendo. Ao abandonar o local com toda a calma, o sangue continou jorrando não sem antes deixar para trás a sua imagem de marca...

3 comentários:

Anónimo disse...

Tens de te deixar disto e dedicar mais um bocado a escrever um guião. Pode ser que te safes e ainda nos metas todos a trabalhar para ti ;)

Carlos M. Reis disse...

Ora nem mais Ricardo :P Fico à espera de um convite para produtor executivo ou para efectuar o casting, no minímo. Pelo menos as gajas, o serial-killer podes escolher tu Edgar :P

brain-mixer disse...

Ricardo e Knoxville, ideias não faltam... O que falta é dinheiro e apoio moral para fazer alguma coisa :S