Como anda a produção cinematográfica mundial (Estatísticas de 2006)
Não pensem que num mundo de cinema global são os Estados Unidos a força dominante... De acordo com estudos feitos (e aproveitados para um anúncio da Volkswagen), os dados apresentados nestes cartogramas são surpreendentes.
Estes mapas cartográficos distorcem o tamanho dos países em relação a três categorias:
Orçamento médio por filme
Produção de filmes per capita
Número total de filmes produzidos
(Cliquem na imagem para ampliar)
1:
No primeiro grupo, um país salta logo à vista: A Nova Zelândia rebenta com a escala. E porquê? Não se lhe encontra grande produção local, que ronda os seis filmes por ano, todos eles de baixo orçamento. A não ser que... Claro... Grandes produções oriundas dos Norte-americanos que ali produzem. Começou a expandir-se a partir da trilogia do Senhor dos Anéis (desde 1999 a 2000) e desde então um grande número de blockbusters de Hollywood se instalaram naquelas ilhas. Crónicas de Narnia e King Kong foram também ali filmados. Este mapa não supõe reflectir a filmografia Neo-zelandesa, apesar das outras mega-produções aproveitarem a indústria local para se servirem deles.
O tamanho dos EUA é menos que impressionante. Os blockbusters não têm assim tanto efeito na média do país. Pelo outro lado, esses grandes investimentos deixam na sombra o facto que eles produzem muitos mais filmes de dimensões reduzidas, mais pequenos, logo mais 'baratos'.
2:
No segundo mapa, outra pequena ilha sobressai do mapa: A Islândia pode ser esquecida pelo resto do mundo, mas não o é pelo seu governo. Com uma população de 330 mil habitantes, é o Estado a subsidiar toda a produção nacional. Daí a poderem investir melhor nos poucos filmes que fazem.
Outro caso à parte é Hong Kong. Aparece com aquela forma desconhecida, numa irregular mancha vermelha. Domina a Ásia, onde até uma Índia minimal se perde pelo meio.
3:
Finalmente os EUA garantem um espaço adequado à sua (errada) imagem, dominando todo o continente americano. A competição vem da Europa, forte e em grande número. França, Espanha e Reino Unido confirmam a sua boa saúde cinematográfica. É também o único mapa que mostra um Japão "larger than life", em comparação com os seus míseros anteriores dois mapas.
A surpresa, imensa surpresa, vem do continente africano (até aqui apagado dos anteriores mapas) com a Nigéria a mostrar que tem uma grande máquina por detrás do seu país. Está já reconhecida pela imprensa mundial como a "Nollywood" . Embora pese o facto dessa produção ser efectivamente menos laboriosa que a os restantes países (geralmente são gravados em digital e com menos de 60 minutos).
E claro, a gigante Índia mostra as suas garras com a "Bollywood", que produz mais filmes anualmente que os próprios Estados Unidos.
Lá pelo meio, a Austrália e a Nova Zelândia desaparecem no buraco...
E PORTUGAL NO MEIO DE TUDO ISTO?
Nota-se a droga que suga o país, o subsídio parasita que o Estado coloca à disposição de meia dúzia de artistas. Cria-se um lema que espelha a nossa produção: "Poucos e caros".
E bons, também se pedia...
3 comentários:
Grande post BRain!
Realmente tocaste vários pontos muitíssimo interessantes. Desde a ascenção curiosa de países aparentemente "fracos" na indústria cinematográfica (como os próprios países africanos) até à relevância não tão grande como se pensa dos estados unidos.
quanto a portugal...bom nem comentários podemos fazer:S
estes filmes sao parados parados...e como bem disseste, com os balurdios que se gastam...bem podiam ser no minimo aceitaveis!
Excelente post! Os balúrdios que se gastam cá são para pagar à Soraria Chaves para mostrar as mamas... :)
Abraço
Close-up, eu quero-te é a comentar mais vezes aqui no estaminé :P
Joker, mas, os filmes com a Soraia Chaves até são baratos... O Alexandre Valente não gosta dos subsídios do Estado como os outros!
Cumprimentos aos dois
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