Voltamos ao 3-D porque, porra, como odeio o 3-D!

Após a tendência inicial de fazer sucessos atrás de sucessos, o risco das bilheteiras sofrerem com a escolha do 3-D pode vir a ser maior a cada dia que passa. Quantos se aborreceram com a tecnologia, quantos nunca gostaram desde início? Eu tinha dado o benefício da dúvida e o tira-teimas veio com o Avatar: Anunciado como o que iria revolucionar, para mim saiu-me um tiro furado... Um bof enorme.

Então porquê o meu mau azo com a tridimensionalidade?

1. É caro.
Já nos basta o preço normal ser exagerado e a vontade de o sacar na net e ver em casa estar a comichar a mioleira, ainda vou dar 2 euros a mais por uns hologramas mal desenhados? (E não se esqueçam dos óculos em casa, meninos!)

2. Nem todos os filmes valem pela qualidade.
Também no cinema há os produtos falsificados. Não são dos chineses, mas da mesma casa que nos convencem com a treta: Algum 3-D não é bem 3-D, vendem-nos como tal, apesar de ser filmado em 2D e convertido posterioremente em três dimensões num quanlquer armazém em Singapura... O 2.5D é não só a maior praga da tecnologia como o maior inimigo do mentor James Cameron.

3. O 3-D ainda não está maduro.
Enquanto cansar os olhos e a cabeça, o 3-D não convencerá tão cedo. E porquê? Porque desde a invenção do cinema que os frames transmitidos na tela sempre foram em 24 por segundo. Já o Chaplin o fazia. E hoje, porque não aumentar o FPS para 40 ou mesmo 60? Em vez de ver imagens desfocadas e tr4emidas em cenas de acção ou velocidade, deveríamos vê-las nítidas e cristalinas. É o mesmo efeito de ver TV em 50HZ ou em 200HZ e superior: Comparem essas TV's numa Worten ou FNAC da terra e percebam a diferença. Esta é uma questão já a ser debatida, mas que acredito que demorará a ser normalizada.

4. Usar os óculos especiais é chato.
Não abrangem toda a tela, ou fica-se com os cantos "desfocados". Para quem já usa óculos para a visão, ainda se torna mais incómodo.
Ei! Ok, quem foi o engraçadinho que falou em lentes de contacto 3-D??!