23/02/12

Oscar caseiro

Tinha eu uns 12 anos e "ainda" os Óscares me fascinavam, tentei fazer um Óscar para mim mesmo. Tamanho real, esqueleto em arame de ferro, argila em redor e... Parei por ali. Passaram 18 anos e ao descobrir ali num canto, no meu quarto em casa dos meus pais, esta peça inacabada, como se fosse fruto de algum sonho despedaçado como se os Óscares não significassem nada de mais para mim.

Mas talvez isso não seja bem assim.
Porque neste domingo, eu vou voltar a fazer noitada, tal como os últimos 19 anos, desde 1993 a primeira vez que vi a cerimónia em directo. Nunca deixei de ver a gala, porque diria que o "fascínio" desaparecera? Tanto mais porque na minha estante, juntamente com os dvd's na verdade lá se encontra um óscar, esse mais pequenino (daqueles que se vendem nas papelarias, mas sem as frases "o melhor pai do mundo" ou "o melhor chefe do mundo") apesar de nunca ter acabado aquela estatueta mais verdadeira, mais próxima de mim.

Porque os Óscares são sinónimo de cinema. Mesmo que alguns filmes não sejam tão bons que outros ou que haja aquela injustiça que perdura de ano para ano. Qual o prémio que nunca foi injusto? Eu vejo os Óscares como uma festa, um momento de reconhecer caras famosas reunidas num só espaço que não estejam a fazer-de-conta nos seus personagens fictícios. Uma outra realidade que normalmente não observamos. É também um grande momento televisivo quando Billy Cristal é o anfitrião da festa.
Eu não vou terminar aquele Óscar de barro de há 18 anos. Vou deixá-lo como está, porque há coisas que devem ficar como estão, por respeito ao passado. E esse passado, aquele glamour perdido com o tempo, eu não o quero perder.
Por isso, 84th Oscar Academy Awards, eu lá estarei colado ao ecrã...  

1 comentário:

David Martins disse...

Que magnifica recordação! Ainda esta semana, nas minhas "escavações arqueológicas" na minha arrecadação encontrei umas figuras que fiz em argila (ou algo que valha) no tempo do secundário: um dinossauro. Que infelizmente não está inteiro :(